O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) informou ao Supremo
Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (19) que não vai prestar
depoimento no inquérito sobre um suposto golpe de Estado até ter acesso
às conversas recuperadas pela Polícia Federal (PF) nos celulares
apreendidos na investigação.
O advogado Paulo Amador Cunha Bueno,
que lidera a defesa do ex-presidente, argumentou que o acesso às
mensagens é “crucial” para Bolsonaro se defender.
-Em decorrência
da falta de acesso a todos os elementos de prova, o peticionário
(Bolsonaro) opta, por enquanto, pelo uso do silêncio, não abdicando de
prestar as devidas declarações assim que tiver conhecimento integral dos
elementos – diz a manifestação enviada ao STF.
Inicialmente, a
defesa estudava pedir o adiamento da oitiva, mas os advogados decidiram
que o ex-presidente não vai falar até ter acesso integral aos autos. Os
advogados alegam que, apesar dos pedidos, Bolsonaro ainda não recebeu
todo o material da investigação e que ele está sujeito a “todo tipo de
crítica e prejulgamento, sem condições mínimas de formalizar qualquer
resposta, diante da cegueira que lhe foi imposta”.
Bolsonaro é
esperado pela Polícia Federal na próxima quinta (22), para prestar
esclarecimentos na investigação sobre a trama que supostamente teria
sido articulada por seus aliados.
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